segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Estação Ferroviária João Felipe

Estação Ferroviária João Felipe


A sua construção iniciou-se em 1879,sob a orientação do engenheiro Henrique Foglare em 09 de Julho de 1880 no governo de José de Albuquerque Rego.
Apresenta uma arquitetura em estilo dórica-romana.
O nome da estação faz uma homenagem ao engenheiro ferroviário cearense João Felipe,natural de Tauá. Parte da mão-de-obra utilizada era formada de retirantes da seca que vinham do interior.
Sua construção fez parte de um conjunto de obras que tinham o objetivo de incorporar as províncias do norte brasileiro ao mercado mundial.
A época Fortaleza desfrutava de considerável progresso econômico que iniciou-se com a exportaçãodo algodão. As estradas de ferro eram utilizadas como meio de escoamento da produção das regões mais distantes para áreas litorâneas,sendo daí exportadas.

*Uso atual:Terminal de trem intermuniciapal.
Linhas Municipais:Fortaleza,Maracanaú,Caucaia.
*Estrada de ferro Fortaleza-Baturité usou mão-de-obra de retirantes da seca.


Os Caminhos da História da Ferrovia Cearense

Foi em 25 de março de 1870 que um grupo de empresários ilustres entenderam de impulsionar o desenvolvimento do nosso Estado e, assim, resolveram se reunir e criar uma ferrovia. O Pacto foi firmado entre o Senador Tomaz Pompeu de Souza Brasil, o Bacharel Gonçalo Batista Vieira (Barão de Aquiraz), o Coronel Joaguim da Cunha Freire (Barão de Ibiapaba), o negociante inglês Henrique Brocklehurst e o Engenheiro Civil José Pompeu de Albuquerque Cavalcante.

A Companhia Cearense da Vila Férrea de Baturité foi construída em 25 de julho do mesmo ano. Esta era a empresa para construir um caminho de ferro inicialmente até a Vila de Pacatuba, com um ramal para Maranguape, sendo ela hoje a conhecida Linha Tronco Sul.
Em Fortaleza, foi instalado um escritório da empresa, tento seu primeiro empregado João da Costa Weyne. Estávamos em 1971 quando tudo isso acontecera. O local escolhido para a instalação da estação central foi o antigo Campo D'Amélia, hoje a Praça Castro Carreira, e para a construção do "chalet" para o escritório e as oficinas o antigo Cemitério de São Casimiro. A inauguração aconteceu em 9 de julho de 1870, no Reinado de Dom Pedro II, tento como o diretor da Estrada o Engenheiro Amarílio de Vasconcelos.

Em 1º de julho de 1873 deu-se o assentamento dos primeiros trilhos, com a Locomotiva de Fortaleza andando sobre eles em agosto.
Foi concluído em 14 de setembro de 1973 o primeiro trecho entre Fortaleza e Arronches, hoje Parangaba, sendo ele inaugurado em 29 de novembro. A primeira viagem que o trem fez sobre aquele trecho teve como tripulação o maquinista José da Rocha e Silva, foguista Henrique Pedro da Silva, chefe de trem Eloy Alves Ribeiro e guarda-freio Marcelino Leite.

A Estação de Pacatuba foi inaugurada em 9 de janeiro de 1876, mas os problemas causados pelas seca acabou prejudicando a situação financeira da Empresa e, assim, o Governo Imperial determinou ao Conselheiro João Lins Vieira Cansanção de Sinimbú, não só o resgate da ferrovia como o seu prolongamento, bem como a construção a Estrada de Ferro de Sobral, hoje a Linha Tronco Norte.

A Estação de Pacatuba foi inaugurada em 9 de janeiro de 1876, mas os problemas causados pelas seca acabou prejudicando a situação financeira da Empresa e, assim, o Governo Imperial determinou ao Conselheiro João Lins Vieira Cansanção de Sinimbú, não só o resgate da ferrovia como o seu prolongamento, bem como a construção a Estrada de Ferro de Sobral, hoje a Linha Tronco Norte.

Foi construído um grupo de trabalho encabeçado por João Lins Vieira Cansanção de Sinimbú para viabilizar a construção da nova estrada de ferro. Os membros do grupo foram Carlos Leôncio de Carvalho, Lafayette Rodrigues Pereira (Barão de Villa Bella), Gaspar da Silveira Martins (Marquês de Herval) e Eduardo de Andrade Pinto.

Em 1º de junho de 1878, foi autorizada a encampação da Companhia Cearense da Via Férrea de Baturité, através do decreto nº 6.919. O contrato foi assinado três dia depois como o procurador da Companhia pelo Conselheiro Cansanção de Sinimbú e pelo Dr. Liberato de Castro Carreira.

Era assentada a primeira estaca para a construção da Estrada de Ferro de Sobral em 30 junho de 1878, na localidade de Granja, inicialmente entre o Porto de Camocim e a Cidade de Sobral. Sendo concluída a sua construção, foi arrendada a firma Saboya, Albuquerque & Companhia.

Em 18 de novembro de 1909, o governo determina a revisão dos contratos de arrendamento e a criação da Rede de Viação Cearense - RVC (decreto nº 7.669).
Estação Central Professor João Felipe

Construída em estilo dórico-romano pelo engenheiro austríaco Henrique Folgare, a Estação Central Professor João Felipe teve sua pedra fundamental lançada em 30 de novembro de 1873, mas somente foram iniciadas as obras em 1879, sendo, assim, inaugurada em 9 de junho de 1880.


A Estação Central é o ponto de convergência das Linhas Troco Norte e Sul, integrando, assim, a malha ferroviária. Quando era Presidente da República o Dr. José Linhares, cearense de Baturité, o nome da principal estação da antiga RVC só foi dado em 1946, em homenagem ao ilustre engenheiro ferroviário cearense, nascido em Tauá, em 23 de março de 1861.

João Felipe Pereira foi Ministro das Relações Exteriores, da Agricultura e Viação e Obras Públicas do Governo do Marechal Floriano Peixoto. Professor da Politécnica do Rio de Janeiro, João Felipe foi também diretor dos Correios e Telégrafos, Inspetor de Obras Públicas do Rio de Janeiro, Presidente do Clube de Engenharia e Prefeito do antigo Distrito Federal.

Embora especializado em sistemas de águas e esgotos, tendo contratado com o Governo do Estado do Ceará o projeto de construção do sistema de águas e esgotos da Cidade de Fortaleza, o que não chegou a concluir, quando Ministro das Relações Exteriores, o engenheiro João Felipe muito contribuiu para o desenvolvimento das ferrovias no Brasil.

As ferrovias no Ceará

Deprime profundamente analisar a situação das ferrovias brasileiras. As do Estado do Ceará, como as que servem ao Nordeste e, de resto, as do país inteiro, todas vem arrastando prejuízos acumulados. Em verdade o quadro, nesse campo dos transportes coletivos, é da degradação. A privatização das redes em todo o país foi o ponto apontado, como solução salvadora. Que, aliás, já está se processando, esperando-se que ao correr de 1997 essa dezestatização se processe em toda a sua plenitude.

Malhas ferroviárias

O país é atravessado por uma malha ferroviária que percorre 22.069km, conta com 1.401 locomotivas, 36.342 vagões, transportando um média de 80 milhões de toneladas/ano.
Atravessando 7 Estados nordestinos, a Malha Ferroviária Nordeste é parcela de 4.654km, dos 22.069km do complexo nacional de trens. Interliga Ceará, Piauí e Maranhão. Possui 93 locomotivas, com a idade média de 40 anos. 1.900 vagões, com elevadíssimo índice de sucateamento e transporta, anualmente, em torno de 83 milhões de toneladas. Conduz, apenas, 4,5% das cargas da Região. A relação entre receita e despesa é de 1 para 3,2. Um faturamento mensal de 3 milhões e uma despesa de 5 milhões. Déficit gigantesco, sem dúvida, que, evidentemente, não poderia deixar de levar o complexo ferroviário nacional ao atual estágio de sucateamento. São péssimas as condições de manutenção.
Esta Malha Nordeste tem um prejuízo mensal de R$30 milhões.
A Malha Ferroviária do Ceará soma 1.369km, transportando 70 mil/mês, sendo 80% de combustíveis que partem de Fortaleza, para abastecerem Crato e Teresina, no Piauí. São 50 mil m3 de combustíveis, operando, para tanto, com 12 locomotivas e com 30% dos dormentes em péssimas condições de conservação. Transporta, igualmente, 60 mil t de cimento da Fábrica de Sobral, para Terezina, São Luíz e Fortaleza.

Trens Suburbanos e Característica Técnicas
Os trens da STU - Superintendência de Trens Urbanos, de Fortaleza, operam em duas linhas tronco, ligando a Estação Terminal Professor João Felipe, no centro da capital, passando pelas estações a saber:

· Linha Tronco Sul - Fortaleza/Vila das Flores (com saídas de 30 em 30 minutos). Liga o centro de Fortaleza a estações Vila das Flores, no município de Pacatuba, passando pelas estações Otávio Bonfim, Couto Fernandes, Parangaba, Vila Pery, Vila Manoel Sátiro, Mondubim, Conjunto Esperança, Aracapé, Alto Alegre, Pajuçara, Novo Maracanaú e Maracanaú, totalizando 25 quilômetros.

· Linha Tronco Norte - Fortaleza/Caucaia (saídas de 45 em 45 minutos). Vai até a estação de Caucaia, no município de Caucaia, passando pelas estações de Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, Conjunto São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema e Araturi, totalizando 21 quilômetros.



Os trens da STU - Superintendência de Trens Urbanos, de Fortaleza, operam em duas linhas tronco, ligando a Estação Terminal Professor João Felipe, no centro da capital, passando pelas estações a saber:

· Linha Tronco Sul - Fortaleza/Vila das Flores (com saídas de 30 em 30 minutos). Liga o centro de Fortaleza a estações Vila das Flores, no município de Pacatuba, passando pelas estações Otávio Bonfim, Couto Fernandes, Parangaba, Vila Pery, Vila Manoel Sátiro, Mondubim, Conjunto Esperança, Aracapé, Alto Alegre, Pajuçara, Novo Maracanaú e Maracanaú, totalizando 25 quilômetros.

· Linha Tronco Norte - Fortaleza/Caucaia (saídas de 45 em 45 minutos). Vai até a estação de Caucaia, no município de Caucaia, passando pelas estações de Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, Conjunto São Miguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema e Araturi, totalizando 21 quilômetros.

Ambas - Linhas Tronco Sul e Norte de Fortaleza - somam 46 Km de trilhos e servem a 22 estações. As locomotivas são diesel-elétricas.
Os trens Suburbanos de Fortaleza transportam cerca de 2,7% da populações da RMF - Região Metropolitana de Fortaleza, o que confere uma média de 31 mil passageiros/dia, sendo 60% do total na Linha Sul e o restante na Linha Norte.
São realizadas 100 viagens nestas duas Linhas Tronco, tendo 8 locomotivas mas com apenas 6 em condições de operar normalmente e 15 vagões.
*A receita mensal da CBTU - Companhia Brasileira de Transportes Urbanos - para custeio da administração e manutenção da frota vem da arrecadação das vendas das passagens, que, por mês vende 594 mil bilhetes, o que somam R$ 225.720,00. A folha de pagamento do pessoal vem diretamente da Fazenda Nacional.

A CBTU e sua participação em Fortaleza

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos tem como objetivo gerenciar e operar os sistemas de trens urbanos nas regiões metropolitanas das capitais. Foi criada em 22 de fevereiro de 1984, pelo Governo Federal., como subsidiária da RFFESA.
A CBTU foi elevada a categoria de Superintendência em 18 de dezembro de 1989, pelo presidente da Companhia, o engenheiro Emílio Ibrahim.
Em 10 de março de 1995, o Governo Federal elevou a CBTU a categoria de empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, acabando, assim, com a linha de subordinação inicial da sua criação como subsidiária da RFFESA.
Sempre no sentido de atender melhor aos seus clientes, desde a sua criação a Superintendência de Trens Urbanos de Fortaleza - STU/For, o trabalho tem contribuído sobremaneira para a consolidação da malha ferroviária. Sua implantação em Fortaleza foi feita em janeiro de 1988.
Segundo eles, o resultado do trabalho vem sendo positivo, tornando-se concreto quando são analisados os números operacionais atingidos pela CBTU-Fortaleza.
A partir de 1996, conseguir inverter tendência negativa da demanda de passageiros e, por conta, elevar a sua receita.

Aspectos Gerais

O prédio da Estação Terminal Professor João Felipe, localizado no centro de Fortaleza na Praça Castro Carreiro, é Patrimônio Histórico da União, tombado e conservado. Sua última reforma foi a seis anos, permanecendo até hoje em bom estado.
Na verdade, a parte mais conservada é a fachada do prédio, que ainda contem resquícios do passado. Em seu interior, foram feitas algumas alterações, para o melhor conforto usuário.
Passam pela estação cerca de 31 passageiros por dia, onde lá eles têm um serviço de lanchonetes, banheiros, limpeza, bilheterias, "vale idosos" (onde o idoso tem direito a passagem gratuita) e eventos culturais que acontecem todos os meses.
A Estação funciona diariamente das 4:30h às 20:30h. O setor de Controle Operacional funciona 24h/dia. É considerado o "coração da ferroviária", pois é lá que são feitos os controles de operação, de circulação, de comunicação, programas de viagens, regularização e avaliação das viagens. A estação conta também com o Parque de Manobras, onde ocorre o descarregamento das cargas e vagões.
Os trens comportam 256 pessoas, sendo 88 sentadas. Um dos problemas que era levado pela Companhia eram os apedrejamentos, que foram solucionados com campanhas comunitárias e a colocação de telas nas janelas, para a maior segurança dos passageiros.

Onde está a Litorina ?

A única viagem voltada para o turismo oferecida pela estação está desativada. A falta de interesse fez com que a Litorina parasse, sem mais mostrar as belezas que o caminho da viagem nos dava. Seus vagões estão guardados, sem uso. Apesar do passado do nosso país estar resguardado pelas ferrovias e suas viagens, a Estação não oferece ao turista nada mais que sua bela fachada estilo dórico-romano.

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